quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mudar. Por quê?


Agir de um modo diferente significa mudar. Mudar por quê? Não tenho competência para isso e não é preciso entrar aqui num longo tratado psicológico, sociológico ou até mesmo antropológico sobre o que motiva mudanças comportacionais – e, em decorrência, institucionais – coletivamente. Todavia, acredito que haja concordância quanto à conveniência em se mudar condições que estão provocando problemas altamente inconvenientes.
Então, quando não se trata de mudar a cor do cabelo por gosto ou moda e sim mudar para mitigar um “problema”, a pré-condição é bem conhecida na sabedoria popular: para solucionar um problema é preciso primeiro que você tenha consciência de que ele existe. As vontade e capacidade de efetuar mudanças vêm depois.
Desse modo, precisamos nos questionar como sociedade se temos “consciência” de que temos graves problemas de segurança no Trânsito. Essa questão não é trivial. Já vimos em artigo anterior que mudar a cultura de um país é tarefa para gigantes. Afinal, o antigo Egito se manteve inalterado por uns três mil anos sob o domínio dos faraós. Mas mudanças são possíveis, sim.
A chave para a questão está na palavrinha consciência, do parágrafo anterior. É claro que há no país consciência quanto à gravidade dos problemas que enfrentamos quanto à insegurança no trânsito. De vez em quando o tema chega até aos editoriais dos grandes jornais (prefiro deixar de fora os noticiários das TVs, quando exploram acidentes com grande impacto emocional, perante a motivação dúbia dessas coberturas pretensamente jornalísticas; o que lhes interessa é a audiência). Agora, como mudanças não têm ocorrido com a velocidade necessária para de fato mitigar o problema (ou seja, aproximar a civilidade de nosso trânsito aos padrões de países mais avançados nesse aspecto), podemos afirmar que o grau de consciência coletiva no Brasil não atingiu massa crítica suficiente para induzir grandes alterações.
Para encerrar esta postagem, reproduzo, por sua coerência com a temática deste blog, parte de um Editorial recente de um grande jornal do estado de São Paulo. Voltarei a ele oportunamente:

Esse novo paradigma da ***** deverá ter reflexos importantes a médio prazo. Novas metas influenciarão os requisitos para ***** e a aplicação de medidas mais extremas, ***** sempre que (os problemas) *****.
"Agora temos um novo desafio", afirmou o secretário estadual *****, *****, que preside o *****. "Os padrões atuais são de ****. E são padrões, não metas como agora. É importante que as pessoas percebam que deve haver uma mudança de comportamento e cabe ao Estado ser o indutor das alterações para atingir essas metas." Na cidade de São Paulo, ** pessoas morrem por ano ***** (em função dos problemas).

Escrito por Paulo R. Lozano às 10:00 do dia 26/05/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário